Por (falta do que escrever e criatividade) motivos, decidi escrever a história que me levou a fazer a minha primeira Tattoo. Sente-se que lá vem blá blá blá.
Tinha vontade de faze-la dês dos meus 12 anos ( ou muito antes). Quando era criança, e via passando pela rua, um jovem, ou um homem tatuado (mulheres não era comum de se ver), eu achava maravilhoso. Principalmente a ideia de se poder desenhar em seu próprio corpo, qualquer coisa que você tivesse em mente. Os desenhos que mais me atraíam eram os de dragões e os de caveiras ( ou crânios) - O que é bem estranho pra uma criança? - Sempre que os chicletes tinham aquelas figurinhas que eram tatuagens, sempre pedia pra minha mamãe comprar um moi.
Na minha adolescência, eu basicamente, passei a pensar mais e mais sobre isso. Cheguei a querer a fazer uma, mesmo sendo menor de idade ( e ainda bem que não fiz...). Via nas revistas sempre, meninos com belas tattoos e desenhos MARA. E quando conseguia falar com quem já possuía, a primeira pergunta ( e a mesma que todos me fazem): "Doeu?" E a resposta sempre era: "Não" ou "Não muito". O que me deixava mais intrigada em querer saber o como é fazer uma. Pra mim era muito complicado. Eu sentia muitos calafrios e chegava a passar muito mal com agulhas ( culpa de alguns traumas infantis que não vem ao caso).
Mas depois da faculdade na área de saúde, mutas coisas mudam ( até a minha fobia tola). Passei por assim dizer, 4 anos de minha vida, pensando em "como eu vou fazer uma tattoo?". Principalmente quando seus pais são cristão ferrenhos e quase "intolerantes" a esse tipo de assunto. O que complicava mais, era / é o meu modo de pensar, já que sou muito diferente deles. Menor sinal de diferença, é um ponto pra casa da rebeldia. Foi assim quando furei pela segunda vez a minha orelha, quando coloquei um piercing na parte superior da minha orelha, e quando coloquei um alargador ( que não progrediu dos 5mm devido a profissão, e que foi removido).
Durante a cessão ( sim... essa perna OBESA é minha).
Pensei em vários desenhos, salvei várias imagens no pc, e a maioria foi perdida. Foi então que com 21 ( quanta maturidade -sqn), decidi finalmente colocar em prática a ideia de possuir um desenho na minha pele. Pedi a opinião de muita gente, e ajuda. Poucos fizeram e/ou se importaram. Klayton e Luanna, me ajudaram. Já havia escolhido onde fazer e o que fazer. Então juntei o dinheiro feito já pelo orçamento que acertei com o tatuador. No dia, fui com o "cobre"(poucos vão entender...) na mão. Estava super nervosa e muito animada.
Quando ele começou a desenhar, percebi que não doeu em nada ( lembre-se: Cada humano tem um limiar de dor diferente.), e comecei a relaxar e escutar Foo Fighters, que o próprio tinha colocado pra tocar. Não demorou muito pra terminar, e nem cronometrei o tempo que levou, por que eu passei muito tempo conversando com ele sobre muita coisa.
Perguntam com frequência: "Porque uma caveira?". Já pensei em responder de várias maneiras, como: "Por que eu quis", ou "Me deu vontade", ou "Não é da sua conta palhaço!". Mas a resposta que forneço, é sempre: "A caveira mexicana ( ou Sugar Skull) é um símbolo do Dia de Los Muertos. Ela simboliza um ente extremamente querido, que se foi". E sim, eu tenho vários entes extremamente queridos que se foram. Mesmo alguns abrindo a boca pra falarem que a minha tattoo é clichê de mais, apenas fico calada. Cada um tatua aquilo que deseja. E francamente... Clichê ou não, eu tinha meus motivos pra escolher esse desenho ( se queria algo menos clichê, simplesmente desenhe algo foda pra mim! Babaca).
Finalizada e cicatrizada.
Em conclusão: Eu estou satisfeita e feliz com o desenho. E para os outros que me perguntam se vou parar, eu respondo: NO! Pretendo fazer mais duas. Uma já definida ( só falta $$), e a outra ainda em decisão. Mas o que digo para os que são menores de 18 e que pretendem fazer uma: Esperem pra amadurecer mais a ideia, pesquise, converse, leia antes de fazer qualquer coisa. Tatuagem é algo pessoal e com um significado particular. Não faça nada que depois de um tempo, você mesmo se arrependa, e que não tenha mais volta. Tudo tem seu tempo.
Bem... post muito longo. Melhor acabar aqui (: Até o próximo post!
Conheço bem essa história =)
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